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Investir em conhecimento é investir no futuro. Em um mundo cada vez mais competitivo e dinâmico, é fundamental enxergar o aprendizado não apenas como um fim, mas como um meio de transformação social, econômica e cultural.
Ao priorizar a formação contínua de indivíduos, empresas e nações, criamos um ciclo virtuoso de progresso sustentável. Este artigo explora dados, exemplos e recomendações para fortalecer essa visão.
O programa "Conhecimento Brasil" de 2025 destina R$ 604 milhões para apoiar 599 projetos que trazem pesquisadores de volta ao país. Dessas iniciativas, 566 serão desenvolvidas em universidades ou institutos, e 33 em empresas, abrangendo áreas estratégicas como biológicas, exatas, engenharias e humanas.
Essa estratégia faz parte de políticas de descentralização científica que beneficiam regiões historicamente menos atendidas. Nordeste, Centro-Oeste e Norte representam 32% dos projetos, contribuindo para reduzir desigualdades e ampliar oportunidades.
Essa diversidade de projetos reforça a necessidade de infraestrutura de pesquisa de ponta em todo o território nacional, estimulando a inovação local e o retorno de talentos.
A iniciativa "Mais Inovação" prevê R$ 66 bilhões em investimentos até 2026, sendo R$ 41 bilhões provenientes do FNDCT. Entre esses recursos, R$ 557 milhões já foram aplicados em 48 parques tecnológicos, apoiando 16 em implantação e 32 em operação.
Esses polos promovem a interação entre universidades, empresas e governos, gerando empregos qualificados e ampliando a competitividade. A Lei do Bem, por sua vez, permitiu que 3.500 empresas investissem mais de R$ 36 bilhões em P&D em 2023, com R$ 8 bilhões em incentivos fiscais.
Ao alinhar recursos a estratégias nacionais, criamos sustentabilidade e competitividade nacional, fortalecendo cadeias produtivas e respondendo rapidamente a crises sanitárias, ambientais e econômicas.
Os indicadores de ensino superior no Brasil evidenciam disparidades regionais. Regiões com menor IDH enfrentam carência de infraestrutura e acesso limitado a cursos de qualidade. Políticas focadas em bolsas, concessão de vagas e parcerias público-privadas são essenciais para reverter esse quadro.
Por outro lado, a popularização de aplicativos móveis e plataformas de ensino online permite que estudantes de áreas remotas adquiram habilidades técnicas e conhecimentos teóricos, benefícios a longo prazo que transformam trajetórias de vida.
Investir em programas de extensão universitária e em laboratórios remotos reforça a democratização do saber, promovendo inclusão social e ampliando o capital humano disponível no mercado.
No universo financeiro, apenas 10% das mulheres investiram em 2024, contra 14% dos homens. As projeções para 2025 indicam crescimento, motivado pela busca por segurança e liberdade financeira.
A pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro identifica quatro perfis principais:
Promover alfabetização financeira e digital é vital para ampliar o acesso a opções de investimento em ativos financeiros e, sobretudo, em conhecimento.
Para governos, empresas e cidadãos, a adoção de medidas concretas pode acelerar resultados:
Essas ações, combinadas, geram um retorno efetivo sobre investimento que se reflete em crescimento econômico, redução de desigualdades e fortalecimento institucional.
Investir em conhecimento é um compromisso de longo prazo que transcende ciclos eleitorais e metas imediatas. Países, organizações e indivíduos que adotam essa visão colhem independência intelectual, resiliência e capacidade de inovação.
Ao reconhecer o valor estratégico de formar e reter talentos, fomentar pesquisa e incentivar a cultura de aprendizagem contínua, construiremos um futuro mais justo, próspero e sustentável para todos.
Referências
