Logo
Home
>
Empréstimo Pessoal
>
Prefira prazos curtos para economizar em juros

Prefira prazos curtos para economizar em juros

07/04/2025 - 20:30
Matheus Moraes
Prefira prazos curtos para economizar em juros

Decisões financeiras conscientes podem transformar sua vida e preservar seu patrimônio. Neste artigo, vamos explorar como a escolha por prazos mais curtos em financiamentos e empréstimos pode resultar em economia significativa de juros.

Com dados atuais do mercado brasileiro e dicas práticas, você entenderá por que essa abordagem é tão poderosa e como aplicá-la no seu planejamento.

Por que prazos curtos reduzem juros?

Ao contratar um crédito, seja um financiamento imobiliário, um empréstimo pessoal ou um consórcio, a redução dos juros acumulados ao longo do tempo é o principal fator de economia.

Mesmo que a taxa de juros anual ou mensal permaneça a mesma, um prazo menor reduz a quantidade de períodos em que ocorre capitalização de juros compostos, diminuindo o valor total pago.

Em simulações práticas, a diferença pode variar de R$ 873 a R$ 1.460 a menos em juros pagos, dependendo do valor financiado e do período escolhido. Essa economia direta impacta positivamente sua capacidade de investimento em outros objetivos.

Cenário de juros no Brasil

Em 2025, o cenário de crédito no país apresenta taxas médias elevadas, o que torna a escolha do prazo ainda mais relevante.

A taxa média de juros dos bancos no crédito livre chegou a 43,7% ao ano, refletindo o custo alto para quem recorre a empréstimos sem garantia.

No segmento de empréstimos pessoais, a média mensal registrada em maio de 2025 foi de 8,12% ao mês. Já para financiamentos consignados destinados a trabalhadores CLT, as taxas variam entre 1,60% e 3,17% ao mês na Caixa.

Vale lembrar que a taxa Selic, que influencia todo o mercado de crédito, está em 14,25% ao ano, pressionando ainda mais os custos dos financiamentos de longo prazo.

Comparação entre prazos curtos e longos

Para visualizar claramente os impactos, considere a tabela abaixo que compara características de prazos mais curtos e mais alongados:

Essa comparação ajuda a entender que, embora as parcelas sejam maiores, o custo total do financiamento é consideravelmente menor em prazos curtos.

Vantagens e desvantagens

  • Quitação mais rápida da dívida, liberando capacidade de crédito para novos projetos.
  • Menor dívida em aberto reduz exposição ao risco de imprevistos e evita o efeito bola de neve.
  • Economia direta nos juros, aliviando o orçamento de longo prazo.
  • Exige disciplina e planejamento financeiro para manter o controle das parcelas.
  • Não é viável para orçamentos muito apertados, já que as parcelas são mais altas.

Estratégias para conseguir prazos curtos sem comprometer o orçamento

  • Utilize simuladores online para comparar prazos e entender o custo efetivo total antes de fechar qualquer contrato.
  • Avalie sua capacidade de pagamento: escolha o maior valor de parcela possível sem comprometer despesas essenciais.
  • Negocie com o banco: muitos oferecem condições melhores para clientes com bom histórico ou relacionamento de longo prazo.
  • Organize suas finanças: reserve uma margem de segurança para emergências e evite recorrer a novo crédito.

Exemplos reais de impacto

Um empréstimo de R$ 90.000, financiado em prazo mais longo, pode gerar mais de R$ 160.000 em juros acumulados ao final do contrato.

No caso de empréstimos pessoais com taxas de 8% ao mês, ampliar o prazo de 12 para 24 meses pode quase dobrar o montante total pago, tornando a operação muito mais cara.

Mesmo nos consignados para CLT, com taxas de 1,6% a 3,17% ao mês, reduzir o prazo de financiamento em apenas seis meses já representa economia significativa, especialmente em contratos de valor elevado.

Riscos de prazo longo

O principal perigo está no efeito “bola de neve” com dívidas: quanto mais tempo de dívida, maior a probabilidade de inadimplência e necessidade de renegociação ou refinanciamento.

Juros compostos atuam de forma exponencial, fazendo com que o valor final da dívida possa ser o dobro ou mais do valor inicialmente contratado.

Mudanças no cenário econômico, como alta da Selic ou ajustes nas políticas de crédito, podem elevar ainda mais o custo do financiamento de longo prazo, agravando a situação financeira do devedor.

Recomendações finais

Para garantir eficiência no controle financeiro, opte sempre pelo menor prazo possível dentro do seu orçamento.

Evite endividar-se contínua e desnecessariamente: prazos curtos permitem melhor planejamento e diminuem a dependência de novas operações de crédito.

Antes de fechar qualquer contrato, pesquise e compare taxas nas principais instituições financeiras, garantindo as melhores condições para a sua realidade.

Com essas práticas, você terá mais segurança e liberdade para alcançar seus objetivos sem se deixar levar pelos juros altos do mercado brasileiro.

Matheus Moraes

Sobre o Autor: Matheus Moraes

Matheus Moraes