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Busque orientação financeira se estiver endividado

Busque orientação financeira se estiver endividado

26/07/2025 - 10:56
Marcos Vinicius
Busque orientação financeira se estiver endividado

O endividamento é uma realidade que afeta a maioria das famílias brasileiras. Buscar apoio especializado não é sinal de fraqueza, mas sim de responsabilidade e desejo de retomar o controle das finanças.

Com informações precisas e orientações claras, é possível reorganizar a vida financeira, reduzir ansiedades e planejar um futuro mais estável.

O cenário atual do endividamento no Brasil

Em abril de 2025, mais de 77% das famílias brasileiras estavam endividadas, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da CNC. Esse índice, que já era elevado em dezembro de 2024 (76,7%), sinaliza uma tendência de crescimento.

O volume de pessoas com contas atrasadas atingiu 73,1 milhões em outubro de 2024, conforme dados do Serasa. Destas, 29,1% das famílias relataram dívidas em atraso em abril de 2025.

Além disso, o comprometimento médio da renda com dívidas subiu de 27,2% em fevereiro para 30% em abril de 2025. Todas as faixas de renda registraram elevação do endividamento, mas quem ganha de cinco a dez salários mínimos foi o mais afetado.

Em termos etários, o grupo mais endividado está entre 41 e 60 anos (35,1%), seguido por 26 a 40 anos (34%), acima de 60 (19,2%) e 18 a 25 anos (11,8%).

Causas e fatores estruturais

O endividamento está atrelado a variáveis macroeconômicas, como inflação elevada e juros altos, mas também à informalidade no mercado de trabalho, que dificulta o planejamento de longo prazo.

Adicionalmente, a falta de educação financeira é apontada como um dos principais fatores que perpetuam o ciclo de dívidas. Muitos consumidores acessam crédito sem entender totalmente as condições, o que amplia a vulnerabilidade à inadimplência.

Programas emergenciais, como o Desenrola Brasil, registraram impacto positivo temporário, mas o endividamento voltou a crescer em 2025, reforçando a necessidade de soluções contínuas e personalizadas.

Consequências do endividamento

As dívidas afetam diretamente o orçamento disponível para necessidades básicas, como alimentação, saúde e educação. O excesso de compromissos financeiros pode levar à restrição do nome nos órgãos de proteção ao crédito, limitando o acesso a novos financiamentos.

Além dos impactos econômicos, há repercussões no bem-estar psicológico e social: ansiedade e estresse afetam relacionamentos e qualidade de vida, gerando um ciclo difícil de romper sem apoio profissional.

A importância da orientação financeira

Buscar orientação financeira significa contar com ferramentas e metodologias comprovadas para organizar receitas e despesas. O primeiro passo é fazer um mapeamento completo dos fluxos de caixa: “entender para onde vai cada centavo”.

Em 2023, o Banco Central determinou que instituições financeiras ofereçam programas de educação e orientação financeira. Esses programas englobam temas como planejamento orçamentário, uso consciente do crédito e formação de reserva de emergência.

Com base nessas iniciativas, o consumidor aprende a definir metas e prioridades, cortar gastos supérfluos e renegociar dívidas de modo estruturado.

Ações práticas para reorganizar as finanças

  • Anote diariamente todas as despesas, por menores que sejam.
  • Reveja contratos de financiamento e renegocie taxas de juros.
  • Priorize o pagamento de dívidas com juros elevados, como cartão de crédito.
  • Busque consultorias gratuitas oferecidas por bancos, ONGs e órgãos públicos.
  • Construa, mesmo que lentamente, uma pequena reserva de emergência.

Cada uma dessas ações, se aplicada com disciplina, contribui para a retomada do equilíbrio financeiro e para a redução do risco de inadimplência.

Panorama de políticas públicas e alternativas

O debate sobre educação financeira ganhou força no Brasil como resposta ao recorde de endividamento. Entidades como CNDL e SPC Brasil oferecem programas de renegociação que já atendem cerca de 40% da população adulta.

Além disso, bancos têm utilizado apps e ferramentas de inteligência artificial para orientar clientes na gestão de despesas, criação de orçamentos e acompanhamento de metas financeiras.

  • Plataformas digitais de controle de gastos.
  • Cursos online gratuitos sobre finanças pessoais.
  • Atendimentos presenciais em cooperativas e centros comunitários.

Serviços de apoio e consultoria

Escolher o serviço adequado depende do perfil financeiro, da complexidade das dívidas e da disponibilidade de tempo para o acompanhamento.

Conclusão

O endividamento não precisa ser um atestado de fracasso pessoal. Com orientação profissional ou institucional, é possível recompor finanças, reduzir custos e planejar metas de longo prazo.

O primeiro passo é reconhecer a situação e buscar ajuda. Instituições financeiras, órgãos de defesa do consumidor, ONGs e iniciativas governamentais oferecem diversos canais de assistência. Aproveite essas oportunidades para retomar o controle da sua vida financeira, recuperar a autoestima e garantir um futuro mais seguro para você e sua família.

Marcos Vinicius

Sobre o Autor: Marcos Vinicius

Marcos Vinicius